Apesar de a luz produzida por elas ser muito grande, a quantidade de fótons que de fato chegam até nós é muito menor
Cientistas da Universidade Clemson, na Carolina do Sul, EUA, conseguiram medir toda a luz produzida por estrelas ao longo de toda a história do universo observável. A estimativa é de que o universo tenha 13,7 bilhões de anos e que as primeiras estrelas tenham começado a surgir algumas poucas centenas de milhões de anos depois disso.
Atualmente, acredita-se que exista um trilhão de trilhão de estrelas — isto é, 10 elevado a 24, ou 10 seguido por mais 23 zeros. Usando o telescópio Fermi de raios gama da NASA, os pesquisadores de Clemson buscaram estudar a história de formação desses corpos.
O artigo que contém as descobertas foi publicado no periódico Science e o resultado encontrado foi inédito. O número determinado pelos cientistas foi de que, desde a origem do universo observável, as estrelas emitiram 4×1084 fótons.
Apesar dos dígitos absurdamente grandes, a quantidade de luz que chega à Terra é muito pequena: apenas o necessário para acender uma lâmpada de 60 watts avistada em meio à escuridão de cerca de 4 quilômetros de distância. Isso acontece porque, em meio ao enorme espaço entre as estrelas e o nosso planeta, esses fótons se espalham e vão a outros lugares.
De acordo com os pesquisadores, o trabalho poderá ajudar os projetos futuros que busquem entender a evolução das estrelas. Além disso, os resultados por eles descobertos podem permitir que outros cientistas compreendam melhor a formação das primeiras galáxias.
De acordo com o astrofísico da Universidade Clemson, Marco Ajello, a medida feita durante esse estudo permite um olhar por dentro da história do universo. “Talvez um dia encontremos uma forma de olhar diretamente para o Big Bang. Esse é o nosso objetivo final”, comenta.
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